Thursday, January 03, 2008

30 de dezembro, 2008, domingo

As ruas de São Paulo me acolheram nessa tarde. Olhei o movimento e tudo parecia tão vazio que já ia começar a fazer poesia idiota aqui da janela da sala. É claro que quem estava vazo era eu, e não a cidade, por isso, resolvi caminhar um pouco, matar o tempo.

O calor que fazia não me incomodou nem um pouquinho, afinal a luz era tanta, e o espaço estava tão entregue a ela que não resisti em me sentir bem. Dessa vez a vontade e a disposição de me sentir com autopiedade tiveram de ceder.

Cheguei à praça, sentei no banco, esperei alguém passar. Depois de contar dezessete pessoas me dei conta de que cantava baixinho e tamborilava com os dedos uma música todo o tempo: Magnólia. Percebi que tinha passado por algum lugar onde a ouvi sem notar. A cidade, afinal, brincava comigo, e para rirmos juntos só faltava eu começar.

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