Fisiologia do caminho
Poça, poça d’água,
Água ali parada,
Branca, espelho do céu,
Excitou-se ao acordar o dia.
Vibrou seus pequenos esfíncteres,
Lágrimas de uma chuva
Que ao cair, se esqueceu que caía.
A poça, falsa pudica, ao ver que eu passava,
Estendeu sua saia de espelho.
As pequenas bocas ao serem cobertas,
Deram gritinhos:
Ai ai ai,
Ui ui ui...
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