Sunday, August 21, 2005

Olá!!!
Ainda na batida do "inconforme e eterno insatisfeito com as limitações de tudo" (aquilo que todos costumam chamar de chato), acabei de escrever alguma coisa sobre como gostaria de sentir o tempo, de como estou cansado de ser equilibrado. Lá vai:

Vida medida

Me sinto cansado de pensar a vida.
Estou cansado de fazer várias coisas.
Mal comecei este texto
E já estou cansado.
Só não me canso do sábado,
Das pessoas que passam e querem me levar
Pro banheiro, pro futuro (delas), pro fundo.
Quero o tempo marcando minha pele absoluto,
Sem conteúdos a mais, sem outro significado.
Puro.
Como o vento no braço, pela janela do carro,
Ele passa. Me mostra que estou vivo.
E só.

Bom, por hoje é só.

Tuesday, August 09, 2005

Além de estar indignado com algo que vou explicar, fiquei alteradíssimo com o fato de estar no final deste post quando, sem querer, apaguei tudo. Acontece...

Bem, como sempre, estou inconformado. Dessa vez é com a vida mesmo. Com aquelas coisas que nos tornam a todos bastante parecidos. As fases da vida, as fases da lua, nossas grandes questões, e as pequenas bobagens da vida. Ando com raiva porque não consigo, ultimamente, ver a vida senão através de lentes em tom pastel – na pior acepção que possa ter a palavra pastel. Pra iniciar esse desabafo, já começo dizendo que eu sou uma pessoa clichê. Aliás, essa é minha principal arma, já vou logo escancarando tudo, chocando, jogando alto, exagerando, que é pra não ter que ouvir o óbvio, que quando alguém faz questão de fazê-lo saltar aos meus olhos fico bastante transtornado. Odeio a realidade do mundo, seu jeito irritante de não se moldar às minhas vontades. Odeio ter de me conformar.

Voltando às lentes empasteladas de marasmo, cheguei hoje ao ápice da manha com as semelhanças da minha história com a dos outros. Será que dá pra experimentar algo que não tenha sido experimentado antes? Provavelmente uma série de pessoas mais interessantes do que eu já escreveram sobre o que estou escrevendo neste momento, e com certeza de uma forma mais completa e interessante. É melhor, no entanto, não ficar me lembrando disso, ou não escrevo mais nenhuma linha, não é? Achei péssimo ter lembrado de um capítulo de novela quando estava discutindo um problema aqui de casa com minha mãe, imagine conseguir encaixar um pedaço da própria vida lá pelo capítulo nº. 78 da novela das 25 horas. Até mesmo dá pra adaptar trilha sonora, ensaiar e procurar a melhor iluminação pra uma situação – já chorou na frente do espelho como se fosse na telinha? A cadeia de acontecimentos dos namoros, mortes e nascimentos repetem-se nas pessoas. Se procurar aquele bom amigo mais velho, provavelmente ele já terá passado por situações parecidas umas dez vezes, ou então se procurar um bom livro de psicologia, encontrará praticamente uma bola de cristal, uma cartilha “Caminho Suave” para a vida. E quando se junta a isso aquela intuição? Ah... Infalível!

E assim isso vai se reproduzindo de forma irritante em minha mente até o infinito. Até tanto dizer isso de forma circular neste texto e irritar quem estiver lendo, e levá-lo (a) a constatar que escrevo mal e sou um pé! Bem esse não é o fim, mas todos entendem o que tentei dizer... todos assistem novelas.